Publicado por Baixada de Fato em 31/10/2017

Por Jeffer Castelo Branco.

Está paulatinamente se consolidando no coração do estuário da Baixada Santista (entre Cubatão e Santos), um dos maiores lixões químicos submarinos que se tem notícia no Brasil. Chamam de ‘cava adequada’, um gigantesco buraco escavado para enterrar, sem qualquer tratamento, diretamente no fundo do faraônico buraco não impermeável, sedimentos contaminados com compostos químicos tóxicos, genotóxicos, mutagênicos, teratogênicos e carcinogênicos (leia-se produtos cancerígenos)

Espera-se que a CETESB recobre a tempo os princípios de sua função, ou seja, proteger o meio ambiente, e exija a adoção, sem demora, da melhor tecnologia e as melhores práticas disponíveis. Sendo que essa ação é imprescindível para melhoria ambiental contínua visando o Desenvolvimento Sustentável. E que o SPU (Serviço do Patrimônio da União) não permita a degradação do bem público em tela, pois a sua omissão tornará aquela parte do patrimônio público terra degradada, arrasada pela ação do homem.

Ao longo do tempo, o material tóxico disposto neste lixão submarino poderá afetar a flora, a fauna marinha e toda a cadeia trófica, assim como o homem, que faz parte dessa cadeia biológica.

*Jeffer Castelo Branco é presidente da ong ACPO (Associação Contra os Produtos Organoclorados e integrante da Rede Caiçara Ecossocialista)